
O número de incêndios em hospitais no Brasil aumentou 75% nos dois primeiros meses de 2024 e 2025, comparado com o mesmo período dos anos anteriores (2022 e 2023). O dado é do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), que realiza um monitoramento diário de ocorrências reportadas na imprensa.
Segundo o levantamento, 21 ocorrências de incêndio em estabelecimentos de saúde foram registradas nos meses de janeiro e fevereiro de 2024 e 2025, enquanto nos dois primeiros meses de 2022 e 2023 foram 12 registros. Para efeito de comparação, no mesmo período de 2020 e 2021, foram apenas 8 casos.
Casos recentes reforçam esse cenário preocupante, como os incêndios ocorridos em uma clínica médica em Vila Velha (ES) e no Hospital Municipal Barata Ribeiro, no Rio de Janeiro.
O perigo dos incêndios em hospitais
Ambientes hospitalares exigem atenção redobrada quando o assunto é incêndio. Além dos riscos materiais, há o fator humano: pacientes em estado grave, em tratamento intensivo ou com mobilidade reduzida, tornam a evacuação ainda mais delicada. “Os pacientes acabam tendo de ser deslocados para outras unidades de serviço hospitalar, o que pode colocar suas vidas em risco”, explica Marcelo Lima, consultor do ISB.
Os sinistros contabilizados são os chamados “incêndios estruturais”, ou seja, aqueles que poderiam ter sido contornados com a instalação de sprinklers e ocorreram em depósitos, hospitais, hotéis, escolas, prédios públicos, museus, entre outros. O ISB não inclui nas estatísticas os incêndios residenciais, que apesar de também serem incêndios estruturais, não são objeto de acompanhamento porque a legislação de segurança contra incêndio não se aplica a residências unifamiliares, onde acontece o maior número de ocorrências.
De acordo com o Instituto, muitos desses incêndios poderiam ser evitados ou controlados com sistemas adequados de segurança, como os sprinklers automáticos, que atuam no início do fogo e ajudam a evitar grandes tragédias.
Fonte: Instituto Sprinkler Brasil (ISB)